domingo, 2 de agosto de 2009

30 anos sem Wayne


John Wayne, o Duke, um homem polêmico, separado por um grande despenhadeiro: de um lado, Wayne homem, racista e pró-guerra do Vietnã (Os Boinas Verdes, 1968). Do outro, Wayne ator, um dos maiores caubóis do cinema, que atuou em algo em torno de 250 filmes... E cinco maços de cigarro por dia.

Comecei a pesquisar a trajetória do ator em Terra, quando fui encarada pela citação de JW que atualmente é encontrada em seu túmulo: "O amanhã é a coisa mais importante da vida. Chega até nós à meia-noite, limpo. É perfeito quando se coloca em nossas mãos. Ele espera que tenhamos aprendido algo do ontem". Deu para perceber que tudo tem o seu fim? Que tudo é transitório? Até que vi surgir em uma nova janela mais uma das tantas frases que vi na manhã de hoje: "O western, sua grande especialidade, sentiu tanto a sua falta que também morreu", em uma crônica sobre John Wayne, do livro "Um filme é para sempre", de Ruy Castro. Para o escritor e muitos entendedores do faroeste cult, o western morreu junto com Wayne.

O que temos hoje? Filmes com efeitos especiais de alto nível, verba, longe do improviso e com cenários sofisticadíssimos. O que mais? Talvez o western tenha muito daquela visão politicamente incorreta. O Destino Manifesto e a dizimação de tantas nações indígenas. Mas não é só de extermínio aos índios que viveram (ou vive o que temos de mais atual de western, o western spaghetti) os filmes de caubóis: também esteve em jogo a disputa por terras, minas, gado, a ausência do xerife e da lei. A justiça pelas próprias mãos. Não necessariamente matando culturas.

Em 1964, Wayne tirou o pulmão esquerdo e quatro costelas, devido ao câncer de pulmão, o Big C., como ele chamava. Em 1979 foi diagnosticado com câncer de estômago, talvez devido à precipitação radioativa em Nevada - onde estava gravando “Sangue de Bárbaros”, em 56. Wayne morreu em junho daquele ano. Por esse motivo, em 2009 comemora-se 30 anos da morte de John Wayne, ícone do cinema americano.

Para citar nomes, The Duke trabalhou em filmes dirigidos por grandes nomes do cinema, como John Ford, Howard Hawks e Henry Hathaway. E atuou ao lado de Henry Fonda, Katharine Hepburn, James Stewart, Maureen O´Hara, Sophia Loren, Elsa Martinelli, Kirk Douglas, William Holden, Marlene Dietrich, Rock Hudson, Robert Mitchum, Lee Marvin, Richard Widmark.

No Tempo das Diligências (1939), um clássico western dirigido por John Ford, foi o marco de sucesso do astro. Será que um dia Hollywood terá outro John Wayne, na era da tecnologia?

Um comentário:

Mary disse...

Acho que a moçada de hoje em dia não gosta muito de western...mas me fez sentir muita saudade dos tempos de adolescência assistindo sessão da tarde!!!! Boas lembranças!