sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Palavra, para que (apenas) te quero?

Esse é meu! :)  O que Norma Desmond, a atriz decadente do cinema mudo do filme "Sunset Boulevard" (1950, Billy Wilder), tanto tinha contra as palavras? Afinal, o cinema mudo é essencialmente feito por meio da mímica, nada de voz, e Norma Desmond havia sido uma grande estrela dessa época. Acredito que, para ela, um bom gesto jamais substituiria a palavra. É verdade? _
 Qual é a diferença entre mandarmos um abraço verbalmente e sentirmos a fusão de dois corpos?
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 Muito não cabe no espaço das letras. E, em diversas vezes, precisamos mais agir do que falar ou escrever. A mensagem final é a mesma, o que muda é a forma de comunicação. Na mímica, precisamos interpretar o silêncio. Ouvi-lo, por vezes. É difícil, e não são todos que o fazem com maestria. Uma boa mímica prende a nossa atenção e nos encanta; exprime muito, com pouco. Sematologicamente. _
 Falando nela (a sematologia), de extrema importância é a LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais. Apesar da pequena divulgação, eu a encaro como uma democratização do ouvir e compartilhar ideias. Surdos também querem ouvir e mudos também querem ser escutados. Não é mímica, mas é um meio de expressão e, principalmente, de comunicação._
 A linguagem de sinais não é universal; cada país tem a sua. Então, qual linguagem é universal?
 A arte? Incluindo ambientes corriqueiros, como os grafites, fotografias, pinturas, peças, danças. São todos meios de comunicação. Meios de nos expressarmos. Cabe a cada um escolher qual é a melhor forma de liberar os pensamentos, as angústias e as emoções. E nunca parar de comunicar. Já dizia Chacrinha: "Quem não comunica, se trumbica".

Um comentário:

mary disse...

Thobias, vê no meu blog a sua arte virando mais uma camiseta!
Bjs