Reis particulares

Por que será que nós temos a necessidade de sempre eleger um rei para alguma coisa? Neste blogue mesmo, já falamos sobre o Rei do Rock, Rei do Pop, Rei Roberto Carlos, além de apresentar diversos caubóis que, de uma forma ou outra, não deixam de ser reis com ícones de grandeza: o mais rápido do oeste, o mais esperto do mundo...

O Guinness é o maior exemplo disso: um livro, recorde em vendas, que reúne as maiores façanhas já vistas no mundo. Foi assim que Xi Shun, o homem mais alto do mundo, se tornou famoso internacionalmente e hoje é um dos superlativos mais admirados.

E não pense que esse lance de nomear reis é tarefa fácil. Causa muitas discussões e apresenta pontos de vista antagônicos. O rei do futebol, quem é? Pelé? O rei da Bossa Nova? Tom Jobim? A rainha da televisão, Hebe? Rei da F1, Senna? Rei da comunicação, Chacrinha? Rei do baião, Luiz Gonzaga? Rainha das modelos, Gisele Bündchen? Rei da selva, o leão? Rainha do pudim de leite condensado, minha avó? O rei da brincadeira? “Ei José!”.

Por trás de tudo isso está um misto de preferência, de gosto e de opinião. Cada um escolhe o seu rei. Talvez por identificação ou por pura admiração. Por isso que, partindo deste princípio, afirmo que o meu rei é Chico Buarque de Hollanda.

Para mim, o maior compositor da música brasileira. O maior entendedor da alma feminina. O maior arquiteto fracassado. Brasileiro, tímido e em atividade, produzindo mais a cada dia. Conforme a frase atribuída a Nelson Rodrigues, "todo homem perto de Chico é um corno em potencial". Homens, desculpe-me mas devo concordar. E sei que não sou a única... Tem muito homem por aí que concorda veementemente. Não tem jeito, Chico é ímpar. Chico é REI!

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